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Alemanha paga dívida e termina com a Primeira Guerra Mundial

28 de setembro de 2010

Com uma polpuda canetada para os Aliados, a Alemanha deu fim a primeira grande guerra.

Não meus amigos, não é um aniversário do fim da primeira guerra mundial. Hoje, 28 de Setembro de 2010, a Alemanha pagou a última parcela do “carnê” de ressarcimento aos aliados pelos danos causados na guerra. Com isso, a dívida está paga e guerra chega ao fim.

O jornal inglês, Daily Mail, divulgou hoje a notícia em seu site. Noventa e dois anos após o fim dos combates e das mortes de 15 milhões de pessoas (entre civis e militares) nos campos de combate, a primeira guerra mundial chega ao fim. Ao longo dos 92 anos, a Alemanha pagou aos aliados um total de 24 bilhões de libras esterlinas, valor estipulado em 28 de Julho de 1919, no Tratado de Versalhes. 

O Jornal alemão, Bild, colocou “Domingo, a última conta da reparação pela primeira guerra, finalmente foi paga” Com o fim da primeria guerra mundial, o combate não resolvido mais antigo do mundo é a Guerra da Coreia, estacionado pelo armísticio do Paralelo 38º em 1953, que dividiu a Coreia em dois lados, Norte e Sul.

Mal sabiam eles

A dura punição imposta aos alemães tornou-se um grande revés aos aliados, especialmente ingleses e norte-americanos. O principal motivo para o surgimento do Partido Nazista na Alemanha foram os crescentes problemas econômicos, em grande parte causada pela dívida e pelo Crash da Bolsa de NY em 1929.

A história após a punição aos alemães nós conhecemos, exército reduzido apoiando operações da Guerra Civil Espanhola, perseguição aos judeus que prosperavam economicamente e etc. O estopim estava armado, os “juros” viriam anos depois para Londres, Paris e Bruxelas, principais cobradores da dívida, foram as ações táticas de guerra mais rápidas existentes, a Blitzkrieg, tomando a França em seis semanas. 

Outra meia dúzia de semanas de bombardeios em Londres pelos experientes pilotos da força aérea alemã e a batalha mais sangrenta da história belga, a ofensiva do Ardenes, a última linha de ataque alemã; além de parte de sua infraestrutura destruída e o país devastado pelas baixas, civis e militares durante a guerra. Sendo necessário reconstruir o país com um valor bem mais alto que os £24 bilhões.

Em suma, a guerra não tem preço e os aliados aprenderam do pior modo.

2 Comentários leave one →
  1. todynho permalink
    15 de maio de 2014 11:13

    oiii meu nome e todynho chupa meu canudinho

  2. BRAÇO FORTE permalink
    5 de outubro de 2010 20:39

    Não poderia deixar de fazer uma reflexão comparativa entre a realidade da dívida alemã durante o pós-guerra com a realidade brasileira em um momento histórico em particular. Ao contrário do que a tradição histórica sempre alinhavou, o Brasil talvez tenha sido a única Nação no mundo que, após sair vencedora de uma guerra, tenha pago uma vultosa “indenização”.

    Refiro-me ao Pós-Guerra pela Independência quando, no ano subseqüente, o Tratado de 29 de agosto de 1825, intermediado pelos ingleses, oficializou o reconhecimento de nossa independência pela Coroa Portuguesa mediante o pagamento pelo Brasil de assombrosos 2 milhões de libras esterlinas, abrindo o caminho para que as demais monarquias européias também se sucedessem no reconhecimento.

    No entanto, a infalível tradição histórica predatória volta a funcionar contra o Brasil quando, na condição de nação recém-formada, fica sem condições de pagar a pesada indenização estabelecida pelo tratado de 1825, inclusa em cláusula secreta. Nesse momento, os ingleses emprestaram os recursos que asseguraram o pagamento deste valor. Na verdade, o dinheiro nem chegou a sair da própria Inglaterra, já que os portugueses tinham que pagar uma dívida equivalente aos mesmos credores. Dava-se, assim, o início de nossa massacrante dívida externa, uma conta de origem lusitana onde o vencedor reparou o vencido.

    O tempo foi passando, o mundo girando, se transformando, e a dívida externa aumentando e se auto-alimentando através da aplicação imoral de taxas de juros exorbitantes. Antes e depois do presidente Prudente de Morais, todos os demais presidentes se submeteram ao serviço da dívida, que continuou a crescer. Como foi dito, apenas o presidente Prudente de Moraes, em 1896, se negou a reconhecer tal dívida. Não reconhecia a dívida, portanto não havia o que renegociar. Para se ter uma dimensão do quanto a conta pesou no nosso bolso, comprometendo o bem estar de gerações futuras, em 40 anos, analisando um passado recente compreendido entre 1960 a 2000, a dívida passou de 1 bilhão de dólares, para 240 bilhões, mesmo depois do pagamento de mais de 600 bilhões de juros. Assalto em cima de assalto.

    É certo que a dívida foi paga e não estamos mais ao seu serviço. Mas não esqueçamos que nos livramos da ditadura da dívida graças a um pesado sacrifício social imposto ao povo brasileiro por mais de um século. Hoje, a Nação começa a conquistar um lugar ao sol frente a um mundo extremamente competitivo, perverso e assimétrico. De olho no passado e com os pés no futuro, devemos daí apreender muitas lições para que não nos esqueçamos dos sacrifícios de nossos antepassados!

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