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E a batalha continua

1 de junho de 2007


 
Ela não engoliu a derrota e ele não quer ser incomodado

Enquanto Sarkózy começa a arrumar o Palácio Eliseu de seu modo e flertar com a impressão posando de novo Kennedy, devido seu ar galanteador e sua encantadora família.

A candidata derrotada na última eleição presidencial francesa Ségole Royal – carinhosamente apelidada de Ségo – viajou após a derrota. Foi para a ilha Jerba, na costa tunisiana. Foi acompanhada de seus quatro filhos, mas não estava acompanhada de François Hollande. Primeiro-Secretário do Partido Socialista e companheiro íntimo da ex-candidata.

Para quem pensa que ela parou por aí se engana.

Ela processará as duas repórteres do jornal Le Monde que escreveram o livro “La Femme Fatale”. As repórteres Raphaëlle Bacque e Ariane Chemin publicaram sobre a caminhada de Sego para sua candidatura à presidência francesa. O livro aborda as mudanças radicais como cirurgia nos dentes para ficar mais atraente ao público e uma crise no relacionamento do casal, sendo que François teve um suposto caso com uma jornalista francesa em 2005.

Ségo pede 150 mil euros por danos morais provocados pelo livro.

E não para.

Agora ela prepara o chamado terceiro turno das eleições. As eleições legislativas ocorrem nos dias 10 e 17 de Junho. Ségo começa a preparar suas “armas” para a nova batalha Segó prepara uma oposição forte com o apoio de Bertrand Delanoë, Prefeito de Paris e Dominique Strauss-Kahn líder da tendência “social-democrata” francesa. Com um grande ato político na capital francesa.

Enquanto isso, Sarkózy está aproveitando sua popularidade de 65%.  Conhece os grandes líderes europeus, o primeiro-ministro espanhol, Zapatero e o primeiro-ministro português, Sócrates. Até estreitou relações com líderes latino-americanos como o convite ao presidente mexicano Felipe Calderón para visitar Paris, e marcando um encontro na próxima reunião do G-8 – o grupo dos sete países mais industrializados no mundo e mais a Rússia – com o Presidente Lula, onde Lula particpará como convidado.

O intuito dos socialistas é causar impacto nas eleições e minar a presidência de Sarkózy. Caso dê certo, Segó fará aquilo que não conseguiu uma eleição inteira, juntará as diversas ramificações socialistas francesa em uma só. Deixando nenhum canto para Sarkózy fugir nas próximas eleições presidenciais.

Se Ségolene Royal conseguirá tal vitória só o tempo dirá, mas, Sarkózy sai com uma boa vantagem. Por isso, prefere posar de estadista ao invés de um relés cabo político. Mas, não devemos despretigiar Ségo, que derrotou Bayrou e Le Pen no primeiro turno e teve pouco mais de 43% no segundo.

Apertem os cintos, há um novo mundo vindo no modo de vida francês.

Por: Henrique Medeiros

Fontes:

http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2007/mai/31/157.htm

http://www.cnn.com/SPECIALS/2007/france.vote/

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